quarta-feira, junho 06, 2012

A vida não pára ...
Mesmo quando tudo pede
Um pouco mais de calma
Até quando o corpo pede
Um pouco mais de alma
A vida não para...

Mas nós podemos parar a vida, podemos fazê-la ficar, parece que anda, dia após dia, mas na verdade a vida parou ... parou dentro de nós, as coisas ficam na mesma e, como quando somos apanhados numa corrente do mar, andamos, andamos, até achamos que estamos mais próximos da margem, mas na verdade não conseguimos sair do mesmo sitio. E no mar, para não morrermos, é urgente mudar a estratégia. É urgente deixar de nadar - que não nos leva a lado nenhum, apenas ao cansaço - e ir na corrente. É urgente deixar que o mar nos leve um pouco mais para o lado, para longe da influencia daquela corrente que nos prende. Só depois, quando, de facto, saímos um pouco do sitio onde estávamos é que devemos recomeçar a nadar. E aí a margem ficará mais próxima a cada braçada que damos.
O difícil é perceber, é distinguir entre a corrente que conseguimos vencer nadando, e aquela que nos exige a imobilidade. Essa pode ser a diferença entregue sair sozinho do mar, ou ter que ser agarrado por outros ...
Mas vida não pára ...
E ficarmos parados dentro dela é perder a vida que temos.