sexta-feira, setembro 07, 2012

CARTA ABERTA

Tu que sentes mil coisas ao mesmo tempo, e depois apenas uma.
Tu que queres estar, viver, conhecer, descobrir, sentir, redescobrir, encontrar, e depois queres estar num sitio onde ninguém te veja, ou sequer sinta que estás lá.
Tu que não afastas de ti esse fantasma que te persegue, que te assombra as noites, os sonhos, e às vezes dias seguidos sem dar tréguas, mas que depois, num dia de sol radioso, achas que o fantasma tem carne e osso e que chegas facilmente para ele, que o controlas e até expulsas de perto de ti, apenas com um suspiro.
Tu que choras pelo que não foi, e pelo que achas que não será, mas que depois sabes que o que vai ser, só acontece porque tu estás lá para construir esse futuro, e que o que não foi, faz parte do teu passado e por isso foi, aconteceu, é real.
Tu que, no meio do teu EU, consegues ser vários - e nem todos "bonitos". Esse, serás sempre tu! 
Mas saber largar o que te faz sofrer, para abraçar o que te faz feliz, é o mais importante! 
E a felicidade são momentos, é um conjunto de muitos momentos felizes, e quantos mais conseguires reunir, mais feliz serás!
Mesmo continuando a sentir mil coisas ao mesmo tempo, e depois apenas uma. Ou a querer fugir da vida de vez em quando. Ou a sentires-te perseguido por esse fantasma de te come a alma. Mesmo assim, o que interessa são os momentos felizes que vives, que partilhas, que proporcionas. O momento em que superas a tristeza e a transformas num pronúncio de felicidade.
Eu?!? Eu luto para não deixar fugir os meus momentos felizes ....