Haverá maneira de acabar com anormais que andam à solta nas nossas estradas?
Haverá maneira de lhes ensinar que não estão sozinhos, numa estrada deserta, e que têm que partilhar o "asfalto" com outros carros, que têm pessoas lá dentro, e até com os peões, que não andam de carro, mas que fazem parte da realidade de quem conduz?
Haverá maneira de lhes fazer ver que a sua virilidade, poder, autoridade (what ever they are looking for!), não vai ser maior consoante conduzem bem ou mal, depressa ou devagar, com respeito pelos outros ou de uma forma completamente egoísta?
Haverá maneira de lhes ensinar o código da estrada? Ou eles estão-se completamente nas tintas para isso? (pessoalmente inclino-me para esta última opção)
Haverá maneira de lhes fazer entrar pelos olhos dentro, que conduzir bem não é saber controlar o carro, não é dominar a caixa de velocidades, não é saber "enfiar-se" em todos os buracos, ser chico esperto, para chegar um pouco antes dos outros?
Haverá alguma solução?
Eu não sou nenhuma santa a conduzir! Ando depressa! Ultrapasso os limites de velocidade - nas auto-estradas ando sempre a mais de 120, e na cidade são raras as rua em que cumpro os 50 - não gosto de ir atrás de um pastelão que empata o trânsito todo, passo sinais amarelos, mas tento nunca passar o vermelho (já me deve ter escapado um ou outro), mas tento ser civilizada. Tento cumprir as regras (porque elas não existem só para chatear). Mas, acima de tudo, não faço aquelas brincadeiras parvas dos sinais de luzes, do ultrapassar um carro, deixando claro que nos estamos com pressa e que o outro estava a atrapalhar, vir muito depressa e parar mesmo em cima do outro carro só para amedrontar (olhem, eu fico "a tremer que nem varas verdes!!" ahaha!). Esse tipo de anormalidades que se vê todos os dias, a toda a hora nas nossas estradas!
Hoje aconteceu-me uma "linda" - daí este relambório todo - que me deu muito gozo. Não sei como o rapazinho não me veio pedir explicações (qualquer dia levo na cara por ser refilona, mas não me consigo conter) mas talvez tenha percebido a parvoíce do que fez. A chegar ao meu trabalho vejo que o semáforo vermelho e tiro o pé do acelerador, não só porque vou parar e quero fazer uma travagem suave, como posso ter a sorte do sinal entretanto virar verde e eu nem precisar de parar. Atrás de mim vinha um acelera, muito nervoso, que ainda ficou mais nervoso quando percebeu que eu tinha diminuído de velocidade. Andou um pouco aos esses até ter a certeza qual era a faixa que eu não ia ocupar, abrandou no sinal vermelho (o suficiente para ver que o caminho estava livre) e avançou, na maior, como se os sinais nem existissem. Fiquei, parada no vermelho, a achar que somos mesmo muito atrasados, que estupidez .... estava abismada! (quer dizer! não muito, porque todos sabemos que cenas destas são normais). O sinal virou verde, segui o meu caminho, entrei no parque de estacionamento do meu trabalho e estacionei. Parei atrás de um carro donde estava a sair um jovem. Não é que era o engraçadinho!? O mesmo que tinha passado o sinal vermelho! Claro que eu não consegui ficar calada. Fui dizendo "Pois a coisa valeu de muito! Foi pena termos chegado ao mesmo tempo! Pois é, são coisas que acontecem!" O rapaz ia afastando-se do carro, mas volta e meia olhava para mim com "um ódio"! Confesso que me soube muito bem!!! Só tenho pena que estas "vergonhas" não aconteçam a todos os chicos espertos que andam por aí!
Sem comentários:
Enviar um comentário