De vez em quando lembro-me porque me sinto tão “em casa” na rua dos meus pais.
Apesar de ser “uma das ruas mais caóticas” de Lisboa, com varias empresas, residências e armazéns de alguma dimensão (estacionar é sempre uma aventura e a segunda fila é também é considerado local de estacionamento), parece uma aldeia onde todos se conhecem e o local de encontro é o café da D. Inácia.
Hoje tive mais um desses momentos de vida de província.
A rua tem muitos prédios relativamente altos que tapam o sol até por volta das 11h00, mas num cantinho, mais ou menos a meio da rua, porque os dois prédios que ai estão só têm 3 andares, o sol pode-se ver a partir da 9h30. Pois foi aí que a “rua” se juntou para ver o eclipse! Emprestavam-se óculos, comentava-se a evolução do fenómeno, chamam-se os mais distraídos para que pudessem ver. Eu vim para a rua com a tigela de flocos na mão para ver a Lua a tapar o Sol...
É possível que estas coisas também se passem noutras ruas de Lisboa (sobretudo no bairros típicos onde a vizinhança ainda forma uma comunidade) mas eu gosto de achar que sou de alguma forma privilegiada por ainda conseguir viver este momentos de "aldeia".
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