segunda-feira, novembro 14, 2011

TEORIA VS. PRÁCTICA

Alguém em fúria não é bonito de se ver.
Qualquer estado alterado causa incomodo a quem está à volta e a fúria pode ser dos mais avassaladores de todos. É na fúria que mais longe da racionalidade nos encontramos, mas é também nesse estado de espírito, que menos somos animais. Os animais podem "não ter sentimentos" (que têm) e podem não saber  lidar com os outros sem que seja o seu instinto a dizer-lhes o que fazer, mas não agem sob a influencia da fúria. Selvagens, mas não furiosos.
A fúria projectada numa criança dá voltas ao estômago.
We should know better.
Um adulto não tem desculpa para se enfurecer - para se zangar - para além do razoável. Percebe-se no olhar e choro de uma criança - sujeita à fúria de um adulto que lhe é querido - que aquele estado que de repente lhe é atirado para cima, não é compatível com tudo o que ela conhece e compreende como emoções válidas. Também elas - as crianças - têm momentos de fúria, mas elas estão aprender o que fazer com aquilo que sentem, como lidar com as emoções, os estados de espírito, as alegrias, tristezas, conquistas e frustrações. Os adultos já deveriam saber fazê-lo!! Mas não sabem!!
Vê-se no transito e vê-se num pai (mãe, avô, avó - cuidador adulto) que se enfurece com uma criança.
Mas todos nós sabemos isto, e já ninguém (quase, pronto) discorda que as crianças são crianças e não adultos em ponto pequeno, e como tal devem ser tratadas de acordo com o estado de desenvolvimentos emocional e social em que se encontram. Então onde está a fronteira que impede que a práctica demonstre a teoria que todos temos interiorizada?!
Não sei, mas olhar para um pai furioso com o seu filho de 4/5 anos, dá voltas ao estômago, ainda mais quando sabemos que não podemos atirar pedras ...

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