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quarta-feira, junho 06, 2012

A vida não pára ...
Mesmo quando tudo pede
Um pouco mais de calma
Até quando o corpo pede
Um pouco mais de alma
A vida não para...

Mas nós podemos parar a vida, podemos fazê-la ficar, parece que anda, dia após dia, mas na verdade a vida parou ... parou dentro de nós, as coisas ficam na mesma e, como quando somos apanhados numa corrente do mar, andamos, andamos, até achamos que estamos mais próximos da margem, mas na verdade não conseguimos sair do mesmo sitio. E no mar, para não morrermos, é urgente mudar a estratégia. É urgente deixar de nadar - que não nos leva a lado nenhum, apenas ao cansaço - e ir na corrente. É urgente deixar que o mar nos leve um pouco mais para o lado, para longe da influencia daquela corrente que nos prende. Só depois, quando, de facto, saímos um pouco do sitio onde estávamos é que devemos recomeçar a nadar. E aí a margem ficará mais próxima a cada braçada que damos.
O difícil é perceber, é distinguir entre a corrente que conseguimos vencer nadando, e aquela que nos exige a imobilidade. Essa pode ser a diferença entregue sair sozinho do mar, ou ter que ser agarrado por outros ...
Mas vida não pára ...
E ficarmos parados dentro dela é perder a vida que temos.

segunda-feira, novembro 14, 2011

TEORIA VS. PRÁCTICA

Alguém em fúria não é bonito de se ver.
Qualquer estado alterado causa incomodo a quem está à volta e a fúria pode ser dos mais avassaladores de todos. É na fúria que mais longe da racionalidade nos encontramos, mas é também nesse estado de espírito, que menos somos animais. Os animais podem "não ter sentimentos" (que têm) e podem não saber  lidar com os outros sem que seja o seu instinto a dizer-lhes o que fazer, mas não agem sob a influencia da fúria. Selvagens, mas não furiosos.
A fúria projectada numa criança dá voltas ao estômago.
We should know better.
Um adulto não tem desculpa para se enfurecer - para se zangar - para além do razoável. Percebe-se no olhar e choro de uma criança - sujeita à fúria de um adulto que lhe é querido - que aquele estado que de repente lhe é atirado para cima, não é compatível com tudo o que ela conhece e compreende como emoções válidas. Também elas - as crianças - têm momentos de fúria, mas elas estão aprender o que fazer com aquilo que sentem, como lidar com as emoções, os estados de espírito, as alegrias, tristezas, conquistas e frustrações. Os adultos já deveriam saber fazê-lo!! Mas não sabem!!
Vê-se no transito e vê-se num pai (mãe, avô, avó - cuidador adulto) que se enfurece com uma criança.
Mas todos nós sabemos isto, e já ninguém (quase, pronto) discorda que as crianças são crianças e não adultos em ponto pequeno, e como tal devem ser tratadas de acordo com o estado de desenvolvimentos emocional e social em que se encontram. Então onde está a fronteira que impede que a práctica demonstre a teoria que todos temos interiorizada?!
Não sei, mas olhar para um pai furioso com o seu filho de 4/5 anos, dá voltas ao estômago, ainda mais quando sabemos que não podemos atirar pedras ...